A Estrada Nacional nº 125 no Algarve representa cerca de 150 quilómetros ao longo da costa que até deu lugar a uma canção dos Trovante que ficou na nossa memória "A 125 Azul". Uma estrada que conheço bem e na qual conduzi automóvel e moto centenas de vezes. Dizem que é perigosa. Dizem que precisa de obras. Do que precisa essencialmente é de condutores civilizados e cumpridores do Código de Estrada. A 125 é tão perigosa como qualquer outra estrada. Acontece que é uma via urbana, que atravessa consecutivamente a urbe algarvia. Naturalmente que a velocidade deve ser reduzida e que a luz vermelha dos semáforos é indicadora de paragem. Mas, ao que se assiste na 125 diz respeito com excesso de velocidade, com condutores alcoolizados, com peões que atravessam em qualquer local e a qualquer momento, semáforos e sinais de STOP diariamente desrespeitados, sinalização mal colocada e uma BT-GNR que mais se preocupa com coimas no interior das localidades aos condutores que conduzam a 20 Kms/hora sem cinto de segurança porque acabaram de arrancar com o veículo após estacionamento em frente a uma loja ou a uma caixa multibanco. José Sócrates e o seu ministro Mário Lino anunciaram hoje que a 125 vai para obras "de fundo"... de uma ponta à outra. Ora aí temos a perfeita esperteza saloia, como se todos fôssemos atrasados mentais. O Governo fez as contas e verificou que os custos com a renovação da 125 compensam, porque logo de seguida iniciará a portagem na Via do Infante. Até agora o Governo não podia portajar a SCUT algarvia porque a 125 não constituia alternativa rodoviária.
No dia 7 de Março é dia de S. Tomás de Aquino, padroeiro dos poetas. Outros, homenageiam neste dia os livros, os escritores e as bibliotecas. E a Livraria Trama? Tem para si
6 Autores com o Plano Nacional de Leitura
Livraria Trama, 07 de Março, 21horas
O 1º encontro é na Livraria Trama. Tinha que ser lá. Queremos saber tudo sobre leitura. O que é um leitor? Como é que um leitor escreve? O que é que nos apaixona nos livros?
A capa. As letras alinhadas. O branco sujo do papel. O poder da letra. O cheiro quente de um livro acabado de comprar. O que é que nos dizem as letras? O que é que nos dizem as palavras? Vamos insistir com o poder da leitura, vamos insistir com a força das palavras na pele, na boca.
Vamos pensar juntos. Vamos ouvir-nos. Vamos ler.
Que livros nos transformaram? O que é que somos com eles? O que seríamos sem eles? Por que é que lemos? Por que é que não lemos? O que é que os livros fazem na nossa sala? Nos nossos quartos? Por que motivo temos livros perto da nossa cama?
O que é que tantos livros fizeram de nós?
E a língua e o Plano Nacional de Leitura. A questão do português no mundo. Somos tantos a falar português. E o português é uma língua tão bonita. Como é o Japonês. O Inglês. O Francês. O Aramaico. O Espanhol. A nossa língua. O poder de uma língua bonita falada em tantos cantos do mundo. O poder do português falado com tantas pronúncias. Tão ricas. Tão importantes. A língua dentro da boca e dentro dos livros. A língua falada e escrita.
E o Fernando, o Dr. Torga e a Sophia. Eles não vão poder estar na Livraria Trama dia 7 de Março. Estaremos nós. Seremos sete. Haverão leituras, poesia e muita gente a fazer perguntas.
- Pedes desculpa ó Jaiminho, ou não? - Tu e ele é que têm de me pedir desculpas a mim! - Tu ainda não te viste ao espelho? - O que é que estás a insinuar, ãh? - Não estou a falar de dentinhos branquinhos... tu ainda não viste que estás cada vez mais pequeno? Qualquer dia não és partido para ninguém... - E tu? O teu partido também está a descer e tu tens os profs na rua a gritar contra ti e contra a única saia que te resta... - És tonto! Se eu tivesse só uma saia nem discutia contigo! - Tens de pedir-me desculpa, porque senão perco o respeito por ti! - E o que é que fazes? Pensas que metes medo? - Eu é que não tenho medo nenhum de ti!... E vou para tribunal! - Que engraçadinho, este minorcas Portelas... vais para tribunal com o Garcia das hortas?... - Vou com quem me apetecer... finalmente... vejo que o Garcia é que te está a fazer tremer a gravatinha... - Gravatinha?... - Sim, gravatinha! E sabes que mais? Corta-a!...
"O respeito que tinha por si perdi-o ao decidir não demarcar-se das afirmações do seu ministro (da Agricultura)", disse Paulo Portas a José Sócrates na Assembleia da República, para quem "é preciso haver decência na política".