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Pau Para Toda a Obra

Um blog onde deixarei simples observações sobre o que vai acontecendo à nossa volta neste mundo global. Também serve de contacto com imensas pessoas que gostaram de mim.

Pau Para Toda a Obra

Um blog onde deixarei simples observações sobre o que vai acontecendo à nossa volta neste mundo global. Também serve de contacto com imensas pessoas que gostaram de mim.

recordações (58)

João Eduardo Severino, 29.02.24

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Carlos Morais José foi jornalista do semanário 'Independente'. É um doutorado em várias matérias da língua portuguesa. Optou por residir em Macau para estar longe de corruptos, analfabetos, políticos capitalistas sem cultura e jornalistas sem ética. É hoje, o director do melhor jornal de língua portuguesa em Macau, o 'Hoje Macau'. É o proprietário de uma editora que ensina aos portugueses a cultura chinesa milenária. É um introvertido, um cidadão de inspiração Camilo Pessanha, é um coração nobre que sempre soube o que são as famílias portuguesas que não têm dinheiro para comer. Em Macau, dirige o seu jornal e fecha-se na sua concha cultural para escrever textos, editoriais e crónicas que não leio em lado nenhum. Algumas, em termos de literatura, assemelham-se ao que o melhor escritor português, António Lobo Antunes, nos tem oferecido ao longo da vida.

Em Macau, Carlos Morais José já demonstrou que nunca viveu no enclave nenhum jornalista com tanta cultura e espíriro de consideração pelo seu semelhante. Dirige um jornal que era meu. Pensei que não teria paciência para ficar a editar o diário mais que um ano. Já lá vão quase 20 anos e Macau respeita-o do mesmo modo que as autoridades chinesas de Pequim, depois de traduzirem os seus trabalhos. Carlos Morais José é um literato que Portugal não faz ideia do seu nível elevado de conhecimento sobre todas as matéria relacionadas com a história e a cultura portuguesas. Sei que, sozinho, no seu âmago peculiar, inspira-se para divagar por todo o mundo e se escreve sobre a Europa, EUA, Japão, China ou Portugal, fá-lo de um modo incontestável. Tenho assistido à entrega de vários prémios literários, nomeadamente 'Fernando Pessoa', pois, Carlos Morais José há muito que devia ter recebido uma distinção do seu país. Talvez, por isso, continua desinteressado em regressar a uma terra que não sabe reconhecer o seu valor.

 

 

bocas na rua

João Eduardo Severino, 29.02.24

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- Ó Chefe, tou aqui a passar os olhos pelo 'Jornal do Pau' e diz aqui que a NOKIA cá em Portugal vai despedir 142 trabalhadores... isto dá-me cá uma volta ó estômago, Chefe...

- É pá, isso é natural!

- Natural, Chefe? Porra, na me diga uma coisa dessas... tal tá a moenga, Chefe...

- Isso só mostra a força que tem o braço sindical do PCP...

adivinhem quem são

João Eduardo Severino, 29.02.24

Vejam se acertavam em todas as caras e se conseguiam identificar as personalidades...

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De cima para baixo e da esquerda para a direita:
André Ventura;
Nuno Melo;
Rui Rocha;
Luís Montenegro;
Pedro Nunes Santos;
Mariana Mortágua;
Paulo Raimundo;
Inês Sousa Real;
Rui Tavares.

vergonhoso

João Eduardo Severino, 28.02.24

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Não é lógico. Não é democrático. Não é civismo. É crime. Ninguém tem o direito de armado em "activista" a favor do clima atirar com uma lata cheia de tinta para quem cumpre a sua missão democrática, tal como aconteceu com Luís Montenegro que foi atingido por um "activista" com uma lata de tinta verde. Esse energúmeno devia ser imediatamente presente a tribunal.

eleições no pau

João Eduardo Severino, 28.02.24

ELEIÇÕES NO PAU.jpg # desenho da autoria do gráfico de excelência João Paulo Borges (director de arte do diário 'Hoje Macau' ) 

 

 

- É pá, sabes que o Luís Montenegro mudou de nome?

- De Luís para Passos?

- Não, pá! Agora, chamam-lhe o Luís Monteverde...

 

bocas na rua

João Eduardo Severino, 28.02.24

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- Ó Saraiva, diz aqui no 'Jornal do Pau' que os comentadores televisivos das eleições recebem dinheiro...

- O quê? Aquelas lesmas analfabetas em política vão à televisão promoverem-se e ainda recebem dinheiro!?

- Parece que sim!

- Ó meu Deus, eu dava-lhes uma prenda...

- Qual?

- Um bilhete para a Tailândia para que um tubarão os comessem...

como é possível?

João Eduardo Severino, 27.02.24

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Os canais de televisão SIC Notícias e CNN Portugal têm demonstrado um facciosismo atroz e reprovável na escolha dos seus comentadores das eleições em 10 de Março. Para um jornalismo sério e credível, tinham de escolher comentadores independentes, no mínimo que não mostrassem claramente o seu lado partidário. A maioria dos comentadores farta-se de criticar Pedro Nuno Santos e louvar Luís Montenegro. Ainda hoje, Luís Delgado mostrou que devia ter um mínimo de vergonha e desaparecer dos ecrãs. Mas, na CNN Portugal temos uma comentadora, Raquel Abecassis, que ultrapassa todos os limites da decência política. A senhora não faz um comentário que não critique o PS e que não diga que Luís Montenegro é o maior. Só lhe falta apelar para que os espectadores votem na AD. Por que razão não fala do Chega, do Iniciativa Liberal, do Livre, do PAN, da CDU? Será que a campanha eleitoral apenas tem na rua o PS e a AD? Comentadores deste género revoltam o povinh deixando apenas satisfeitos os simpatizantes da AD. 

Vale a pena rever as notas que dei aos comentadores:

https://pauparatodaaobra.blogs.sapo.pt/notas-aos-comentadores-da-sicsic-396124 

eleições no pau

João Eduardo Severino, 27.02.24

ELEIÇÕES NO PAU.jpg # desenho do gráfico de excelência João Paulo Borges #

 

1. O último debate eleitoral foi na rádio. Teve mais ouvintes que o debate na televisão.

2. André Ventura faltou. Uma vergonhosa desconsideração pelo povo ouvinte e pelos adversários políticos.

3. Na camapanha eleitoral da AD apareceu, em Faro, o ex-líder do PSD Pedro Passos Coelho. Arrasou os oito anos de governo de António Costa e acrescentou que a AD vai ganhar.

4. Paulo Raimundo, do PCP, continua a não ter mesmo jeito nenhum para estas coisas. Não me  admirava que o seu partido viesse a ficar no último lugar.

5. É pena as pessoas não lerem o programa do PAN. E Inês de Sousa Real tem estado muito bem e a dizer sempre algo de acertado.

6. Rui Rocha, do Iniciativa Liberal, fez uma coisa que nunca tinha visto. Foi com um autocarro de dois pisos para um enorme parque de estacionamento a fim de falar à multidão. O local não tinha ninguém...

7. É pena os candidatos a primeiro-ministro Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro continuarem a degladiar-se sobre merda do passado.

8. Em moderação, firmeza, amabilidade e a aumentar apoios, Pedro Nuno Santos tem sido o melhor na campanha.

9. Quem vai ter muitos votos e mais que 1 deputado é o LIVRE. Rui Tavares é um grande político e humilde.

10. Mariana Mortágua tem sido uma desilusão. E não quero gastar mais latim com a sua ineficácia. 

bocas de mulheres

João Eduardo Severino, 26.02.24

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- Ó Carolina, esta campanha eleitoral tem poucas mulheres...

- Poucas?... Tás doida, então, tens a Mariana Mortágua e a Inês Sousa Real...

- E só duas achas muito?

- Mas dão bigodes aos homens...

- Bigodes é que elas não têm, mas vão à praça todos os dias comprar tomates...

elogio do pau (3)

João Eduardo Severino, 26.02.24

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O nosso ELOGIO vai para Nuno Rogeiro. Conhecio-o no tempo em que lhe chamavam fascista, mas sempre admirei a sua sapiência jornalística. O Nuno é hoje o jornalista/comentador que dá prazer ouvir falar sobre política em geral, sobre o conflito na Ucrânia e na Faixa de Gaza. É um homem muito culto e que aborda com uma facilidade extrema qualquer tema, nomeadamente emigração, história nacional e internacional, livros (incluindo banda desenhada), escritores e músicos. É muito culto e tem uma das melhores redes de fontes de informação. Investigador e apresenta-se na televisão com uma dicção perfeita. Parabéns, caro Nuno.

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copiar antónio lobo antunes

João Eduardo Severino, 25.02.24

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Quando eu tinha cinco anos vivia em casa dos meus avós, em Évora, com as minhas irmãs Xaxão e Lelé. A casa era uma autêntica mansão situada na Rua da Lagoa que mais parecia um solar. Tinha mais de vinte divisões, onde a cocheira dos antigos cavalos era o nosso parque de diversões. As cinco criadas Mimi, Anica, Inácia, Margarida e Angélica não tinham mãos em nós. O motorista Venâncio e o cocheiro Manuel eram uns amores de pessoas. O Venâncio ensinou-me a conduzir carro aos cinco anos e o cocheiro Manuel levava-nos na charrete para a quinta do meu avô, nos Canaviais, sempre que nos apetecia tomar um banho na piscina ou irmos brincar com os inúmeros animais lá existentes. Em casa, a minha avó tinha um piano e o ralhanço era quase diário porque nós tínhamos uma tendência enorme para tocar nas teclas. A sala de jantar tinha uma mesa enorme onde se podiam sentar umas catorze pessoas. Lembro-me que era na sala de jantar que o meu avô assinava os contratos de exportação de cortiça com uns russos que vinham acompanhados por elementos da PIDE. Na sala de estar havia uma mesa redonda para as refeições diárias, mas a minha paixão era olhar para um rádio enorme que o meu avô tinha e através do qual comecei a gostar de ouvir as notícias, a Amália e o programa dos Parodiantes de Lisboa. A cozinha era célebre no Natal, porque tínhamos de deixar em cima do fogão a lenha os nossos sapatinhos para que no dia de Natal corrêssemos a ver as prendas que tinham vindo pela chaminé. Não me recordo nada de ter ouvido os avós a dizer que era o Pai Natal. A entrada da casa é hoje património municipal e ninguém pode tocar nos azulejos maravolhosos que ali estão patentes com imagens da cidade de Évora e um painel onde se vê a imagem dos meus avós com os seus filhos José, Izilda, Hélia e Oféla. Os quartos eram espaçosos e eu fui corrido para o andar superior, onde dormia sozinho, tendo no quarto ao lado a companhia da empregada Angélica, a mais nova das serviçais e que conversava comigo durante vários minutos antes de se ir deitar. Uma noite, espreitei pela fechadura da sua porta do quarto, armado em curioso malandro e vi a Angélica a despir-se. Foi a primeira vez na minha vida que vi uma mulher nua.

Voltando à sala de estar, o meu avô tinha um armário enorme, fechado à chave, com desumidificador onde o avô guardava toda a espécie de charutos que os russos lhe ofereciam. Charutos cubanos dos melhores do mundo. Um dia, vi o armário sem estar fechado à chave e roubei logo cinco charutos que deram para trocar com o senhor Manuel, dono de uma oficina de bicicletas situada em frente à nossa casa, e que me dava uma mini bicicleta para eu andar depois de lhe entregar os charutos. O vício da bicicleta não ficou pelos charutos, porque em casa existia uma divisão com enormes potes de azeite e outros onde eram guardados queijos e toda a espécie de chouriços. Está de ver que comecei a roubar uns queijinhos e uns chouriços que serviam para trocar pela bicicleta. Na cocheira, muito espaçosa, é que era o bom e o bonito. Eu e os meus primos gémeos Zota e Cajóge organizávamos um género de circos, que até a vizinhança vinha para o portão assistir às palhaçadas. Uma casa cheia de recordações boas e uma muito má. Um dia, a minha irmã Lelé saltou para cima das costas da mana Xaxão que brincaba de gatas e fez com que a Xaxão batesse no chão com o nariz e partiu-o. Teve de ser operada e o osso do nariz teve de ser completamente reconstruído para que não ficasse feia, já que as duas eram e são muito bonitas. Recordações que sempre que vou a Évora e vejo a casa onde nasci, lá caem as lágrimas pela cara abaixo.

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o frio não gosta de eleições

João Eduardo Severino, 25.02.24

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A campanha eleitoral está na rua. Mas na rua não há ninguém, Está um frio de rachar e as pessoas preferem ficar no quentinho das casas. Os políticos bem se esforçam por realizar arruadas mas ninguém está interessado em vê-los ao frio, a não ser os coitados daqueles que foram mobilizados para andarem com as bandeirinhas atrás dos candidatos. O culpado disto tudo foi o Presidente da República que não pensou que não se podem realizar campanhas eleitorais no Inverno...

eleições no pau

João Eduardo Severino, 25.02.24

ELEIÇÕES NO PAU.jpg # desenho do gráfico de excelência João Paulo Borges #

 

CAMPANHA ELEITORAL

Luís Montenegro: "O que é preciso dizer-vos é da incompetência do ex-ministro das Infraestruturas que agora é secretário-geral do Partido Socialista".

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