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Um blog onde deixarei simples observações sobre o que vai acontecendo à nossa volta neste mundo global. Também serve de contacto com imensas pessoas que gostaram de mim.
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publicado às 16:58
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Muitos leitores entre os mais de mil amigos que aqui me seguem têm-me enviado mensagens a perguntar por que razão não estou em Macau há mais de 20 anos, quando eu demonstro uma dedicação especial por Macau e pelos macaenses. A resposta é difícil e perturbadora. Faz-me chorar e entristecer profundamente. Mas, nunca fugi às perguntas e à verdade. Vou responder. Vivi 22 anos em Macau e quatro na Austrália. Em Macau na condição de jornalista e radialista dei tudo do meu conhecimento pela rádio, televisão e imprensa. Realizei e apresentei os programas mais populares da Rádio Macau durante anos. Na TDM (Teledifusão de Macau) apresentei o programa de desporto em directo que tinha a duração de três horas sobre todo o desporto local e internacional, incluindo o acompanhamento e comentário das corridas de Fórmula 1 e entrevistas em estúdio com atletas, treinadores e dirigentes do desporto local, até que um dia propus à administração que contratassem um excelente jornalista de actividades desportivas de Portugal, o maravilhoso profissional e excelente pessoa Vítor Rebelo. Na imprensa fundei dois jornais e fui director e proprietário de outro. Criei e publiquei três revistas, incluindo a governamental ‘Macau Image’ que penso ainda existir, a convite do antigo secretário-adjunto da Economia, Costa Pinto. Quando regressei da Austrália, onde a experiência foi a pior possível, o director do diário ‘Macau Hoje’, Meira Burguete, - jornal fundado pelo prestigiado advogado Carmona e Silva – convidou-me a trabalhar no jornal. Burguete vendeu o jornal ao tenente José Martins e este convidou-me para director. Mais tarde, comprei o diário a José Martins e o diário passou a ser o jornal mais popular de Macau em língua portuguesa. Esgotava as suas vendas diariamente. Mas tinha em senão. Criticava os corruptos da administração portuguesa e tinha como lema a defesa da comunidade macaense doesse a quem doesse. Um dia, uma advogada portuguesa que odiava um colega seu apresentou-me documentação verdadeira de ilegalidades cometidas pelo colega que odiava e pediu-me para publicar. Em má hora o fiz. O advogado em causa, muito poderoso na comunidade local e ainda meu parente, não gostou e moveu-me um processo-crime ao abrigo da lei de imprensa e alegando que eu tinha prejudicado a sua imagem e reputação. Simultaneamente um director de outro jornal que tinha uma inveja louca do êxito do meu jornal já que o seu não vendia mais que 100 exemplares, quando a tiragem do meu era de 1.500 exemplares, aproveitou a deixa da queixa contra mim e desenvolveu uma vasta perseguição contra a minha pessoa no seu jornal. Respondi-lhe à letra e o director invejoso e batraquiano moveu-me igualmente uma queixa-crime. Mais: na mesma altura recebi no meu gabinete um conceituado militar de alta patente e antigo braço direito do general Ramalho Eanes, apresentou-me documentação verdadeira que estava a revoltar a maioria dos militares em comissão em Macau, sobre um saloio capitão que usou dinheiro do Estado para deslocação e despesas de saúde a fim de tratar de um problema pessoal. Publiquei. E o militar saloio que era um protegido do Governador Rocha Vieira foi aconselhado a mover-me uma queixa-crime. Bem, vocês não acreditam. A dada altura, eu tinha 12 processos em tribunal contra mim. Qual o objectivo? Que eu fosse severamente sentenciado, que o jornal fechasse as portas e que eu desaparecesse de Macau. Amigos leitores, acreditem que devo ter sido o único jornalista português, e talvez o único cidadão português RESIDENTE em Macau que se sentou no banco dos réus e foi condenado. Resta-me pedir desculpa a dois advogados de minha defesa que viram as suas vidas destruídas e condenar outro advogado que me traiu e vendeu-se à acusação. Sobre isto, não posso deixar de vos contar que um dia um escrivão meu amigo trouxe-me um recado confidencial. Tratava-se de um pedido de um juiz com muitos anos de Macau e que sempre tinha demonstrado muito respeito e consideração por tudo o que eu escrevia, a fim de me deslocar a sua casa em determinado dia, às 23.00 horas, para que não desse nas vistas. Enfiei um gorro, óculos escuros e um sobretudo na deslocação a casa do juiz. Ninguém soube deste encontro. O juiz mostrou mais uma vez que era um homem com coluna vertebral e transmitiu-me que a juíza estagiária que tinha em mãos os meus processos lhe tinha pedido para redigir os acordãos em bom português, já que se tratava de uma estagiária incompetente. O Senhor juiz transmitiu-me: “Doutor João Severino, em Portugal você nem se sentava no banco dos réus, já li a sentença de que vai ser alvo, você não tem a mínima possibilidade de pagar o pecúlio de que vai ser alvo. Venda o jornal ou arranje a melhor forma de o encerrar, arrume as suas coisas de modo secreto, introduza tudo num contentor e deixe Macau porque, se não puder pagar a quantia exagerada que será obrigado a pagar aos seus acusadores, o senhor doutor vai para a prisão”. Agradeci ao prestigiado magistrado e abracei-o com as lágrimas nos olhos. Naquelas palavras estava a minha sentença: deixar Macau que amava, onde tinha imensos amigos, onde admiravam o meu trabalho e onde Helder Fernando foi o único camarada a deslocar-se ao tribunal em minha defesa. Encerrei o ‘Macau Hoje’ e fundei nos escritórios do advogado Rui Cunha o ‘Hoje Macau’ e convidei o melhor jornalista de Macau, o Carlos Morais José, para dirigir o novo diário. O meu amigo Carlos, de longa data, viria a comprar-me o diário no momento da minha partida. Um pormenor muito importante e que não posso perdoar aos meus acusadores: a minha querida e saudosa mulher ao ver-me sentado no banco dos réus teve um choque cerebral profundo e os médicos confirmaram a razão de ter adquirido um tipo de demência, o frontotemporal, que me levou a viver 21 anos na Austrália e em Portugal como cuidador informal sem o apoio estatal de sequer um euro.Passaram mais de 20 anos em que não haja um dia sem pensar em Macau e nos meus amigos que eram a minha vida. Entretanto, o Governo da RAEM anualmente contempla os residentes com uma determinada quantia financeira. Todos estes anos perdi esse dinheiro. E porquê? Porque quando um amigo meu, antigo secretário-adjunto do Governo de Macau, em visita à Região Especial, encontrou o tal militar saloio como gerente de um clube local e lhe disse que em breve “Vou trazer o João Severino a Macau que está doente de saudades pelos seus amigos e precisa de renovar o BIR”. O saloio respondeu a quem lhe tinha dado a mão por várias vezes: “Se eu vir esse filho da puta por aqui vou reabrir o meu processo no tribunal”. O antigo secretário-adjunto simplesmente virou-lhe as costas por não admitir que ofendessem ordinariamente um amigo. Continuo a ser um residente de Macau sem psicologicamente ter forças para regressar à minha segunda terra. Só fiz um pedido a Deus: que o director batraquiano e o militar saloio morram antes de mim, a fim de eu nunca poder perder a cabeça e fazer uma asneira grave. No entanto, já garanti a mim próprio que contra tudo e dois batráquios, hei-de, um dia, voltar a renovar o meu BIR de Macau e poder abraçar todos quantos sei que gostam de mim numa terra que abracei de alma e coração, ajudadando sempre os mais desprotegidos e onde fui condecorado no Palácio da Praia Grande com a Medalha de Mérito Desportivo, por ter sido o primeiro piloto português a subir ao pódio do Grande Prémio de Macau e ter realizado com mais seis camaradas o feito histórico internacional de percorrer de jipe a distância entre Macau e Lisboa, simbolizando o regresso dos portugueses a casa depois de 500 anos terem chegado de barco. Bem hajam os meus amigos de Macau e quantos me conheceram a sério em Macau. Nunca os esqueço.
publicado às 09:29
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Manhã cedo, está frio, percorro as ruas de Lisboa. Parece uma cidade-fantasma. Ninguém na rua. Carros nem vê-los. Está tudo encerrado. Ops! Não é bem assim. Uma mercearia com uma variedade de produtos de um imigrante está aberta. Gostava de ver as montras, mas as grades para baixo nada deixam admirar. Passo pela rua do poeta José Duro e Ops! Um café-restaurante propriedade de um imigrante está aberto e com alguns casais idosos a tomar um cafézinho. Sentei-me também na esplanada e pedi uma bica e um copo de água. Estava na rua de um grande poeta e tinha de homenageá-lo. Puxei da esferográfica e do bloco e escrevi um poema. Palavras soltas dedicadas a um Natal em solidão. Continuei pelo deserto humano e vejo uma igreja católica. Estava fechada. Como? Então, dizem que estamos a comemorar o nascimento do menino Jesus e a igreja não tem as portas abertas nem há missa? Estranho. Por mim passam umas meninas muito jovens a passear os cães, as mães e os pais devem ter bebido bem na ceia de Natal e estarão a dormir. Continuo e passo pelo estádio do Inatel. Não vejo actividade desportiva. Passo pelo Areeiro e admiro o horrível busto do grande político que foi Sá Carneiro. Na Alameda nem viva alma. Apenas fui abordado por um africado a cair de bêbedo que me pediu um cigarro. Respondi que não fimava mas dei-lhe dinheiro para comprar um maço de tabaco. Mais abaixo cairam-me as lágrimas ao ver diversos sem-abrigo a dormir junto a portas de prédios da Avenida Almirante Reis. Logo pensei que as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa em querer acabar com os sem-abrigo não passaram de balelas. Mais abaixo, o Martim Moniz estava pacífico e deserto. Excepto uma cigana romena que me quis vender o borda d'água. Não comprei porque não me esqueço que foram ciganas romenas que me roubaram o telemóvel onde tinha contactos de amigos com mais de vinte anos. Entre o Martim Moniz e a Praça da Figueira olhei para a casa de penhores onde fui deixar umas pulseiras de ouro que eram da minha saudosa e querida Lila e lembrei-me que tenho de lhes pagar a prestação mensal até ao fim do ano. O Rossio sempre repleto de turistas confirmei que estariam todos a dormir. Subo a Avenida da Liberdade e as montras das lojas mais caras de Lisboa também estavam com as grades a impedir a visibilidade dos seus produtos luxuosos. Afinal, também os ricos vivem com medo. Ao ver o Hotel Tivoli entrei para matar saudades. O bar estava aberto, mas é tudo muito caro incluindo um café expresso. Tivoli onde em 1976 trabalhei como assistente de um dos melhores realizadores de cinema do mundo, Franklin Shaffner, na longa metragem 'The Boys From Brazil', com os actores Gregory Peck, James Mason, Laurence Olivier e Steven Guttenberg. Lembrei-me que só tinha visto a Wonderland Lisboa na televisão. Subi ao Parque Eduardo VII e o conjunto de diversões não tinha crianças e estava quase tudo fechado. Obviamente que as crianças estariam a brincar com as prendas que receberam. Dali fui para a Praça de Espanha ver em pormenor o monumento maravilhoso que a Fundação Oriente em boa hora colocou no centro da praça. A Avenida de Berna estava ali a indicar-me o caminho para casa. O cansaço já era muito. Já não tenho 16 anos quando vim do Cais do Sodré às duas da manhã, já com os copos, a pé por aí fora até à Avenida dos Estados Unidos da América. E muito menos 18 anos quando ia do Monte Estoril, no final das aulas do Colégio João de Deus, até Cascais para conversar com uma inglesa linda que tinha conhecido na praia e depois de duas horas de bate-papo regressava a pé até ao internato, perto onde está o campo das Amoreiras, do Estoril Praia. Ao seguir para casa, já que ainda teria de cozinhar o almoço, vi de cara à banda aquele Mercado de Natal, no Campo Pequeno, que me revoltou por exigir aos visitantes o pagamento da entrada. Pela Sacadura Cabral, artéria que agora tem uma belíssima residência para estudantes, lá cheguei aqui às teclas do computador, sem que antes tenha bebido três copos de água. Feliz Natal.
publicado às 07:05
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A todas e todos os leitores do PPTAO desejo um Natal Feliz e um 2025 cheio de prosperidade.Beijos e abraços.
publicado às 11:32
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Loja com história. A TEXTILAR está presente na Avenida de Roma há 65 anos. Abriu as suas portas em 1959. Em 2019 comemorou com pompa e circunstância os seus 60 anos de existência. Esta loja de artigos de decoração vende os cortinados de maior qualidade e beleza, artigos para a casa da maior diversidade e os tapetes de cores maravilhosas que pode colocar na sua sala de jantar ou na sala de estar.
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publicado às 20:23
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CASA CZAR, uma das lojas antigas na Avenida de Roma. Desde 1975. O estabelecimento vende os bordados mais bonitos que pode imaginar, bem como conjuntos de toalhas de mesa e fronhas para almofadas. Tudo de grande qualidade e com muita clientela. Os funcionários são de grande cordialidade para com os clientes e até com algum humor... Quando perguntámos onde estava o Czar, responderam-nos que estava em Moscovo...
publicado às 11:56
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Temos visto na net o anúncio de que o treinador Abel Ferreira chegou a acordo com o Sporting para treinar a equipa de Alvalade.
Andam a gozar com o pagode?
publicado às 12:38
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publicado às 06:57
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Loja com história e muitas estórias. Em plena Avenida de Roma não há ninguém minimamente culto que não saiba da existência da LIVRARIA BARATA. O livro de todos os tipos, a sessão de lançamento de obras dos mais diferentes autores em constante acontecimento, todos os jornais e revistas, material de informática e um pessoal que nos oferece um serviço de estalo. Dá prazer entrar na LIVRARIA BARATA, agora dirigida pela FNAC. O livro é cultura e pode ser lido desde criança, porque na livraria existe uma secção de livros infantis de grande pedagogia e qualidade.
publicado às 00:38
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O treinador do Sporting João Pereira deve ser muito jovem. Talvez entre as casas dos 20 e dos 30. Ou então, a função de treinador da equipa principal do Sporting não lhe dá quaisquer dores de cabeça... porquê? Porque consegue não ter um cabelinho branco...
publicado às 17:08
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publicado às 00:01
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Junto ao Forum Lisboa (antigo Cinema Roma) da Avenida de Roma em boa hora foi plantado um jardim muito agradável designado Jardim FERNANDO PESSA. Um grande jornalista com quem tive o privilégio de trabalhar na RTP. Fernando Pessa era um jornalista que ficou famoso na BBC com as suas intervenções durante a Segunda Guerra Mundial. Quando regressou a Portugal ingressou na RTP e ficaram famosas as suas reportagens que terminavam com: "E esta hein?!"... Muitas vezes, quando o Fernando Pessa tinha o seu Rover na oficina era eu que o trazia para casa, residência situada mesmo em frente ao Cinema Roma.
O jardim está bem conservado e é um óptimo local de lazer, exercício físico, campo de futsal, um local para os cães brincarem, uma bar e um memorial com azulejos desenhados por artistas famosos.
O Jardim Fernando Pessa é um lugar que dá gosto visitar.
©fotosonireves
publicado às 00:06
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