O EXAGERADO
> Alberto da Ponte: “Passos Coelho é o melhor primeiro-ministro desde Sá Carneiro”.
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> Alberto da Ponte: “Passos Coelho é o melhor primeiro-ministro desde Sá Carneiro”.
> "Foi a primeira vez que trabalhei com um político que disse o que pensava e ganhou" – diz brasileira responsável pelo marketing da campanha de Pedro Passos Coelho
PAU COMMENTS
> Pedro Passos Coelho, militante de base, presidente da JSD, líder do PSD e primeiro-ministro. Agora, irá formar governo. Com o Partido Socialista?
> "Tenho a noção de que tenho corrido demasiados riscos", diz Passos Coelho.
> Ora aqui está uma boa ideia sem gastar muito dinheiro. Vários automóveis percorrem as ruas decorados em apoio ao candidato do PSD Passos Coelho. Quando toda a gente olha para a viatura, estacionada ou em andamento, a campanha está a ter efeito.
Quem porfia, mata caça
> Esta noite, na RTP, o inexperiente, o analfabeto, o africanista Passos Coelho deu uma lição de sabedoria e de liderança ao experiente, viajado e perturbado José Sócrates.
Sócrates - Portugal está confrontado com um desafio. Aumentou o desemprego em todos os países. Nós estávamos a fazer o nosso caminho mas este processo foi interrompido por uma crise política. A diferença está na manutenção do estado social. O doutor Pedro Passos Coelho propôs que o Estado deixasse de ter uma rede de escolas pública e a saúde também deixar de ser pública.
Passos - O actual primeiro-ministro de Inglaterra é mais novo que eu, nunca foi governante e é chefe de Governo. Tony Blair também nunca tinha sido governante. O que está em jogo é podermos discutir o que os governos em funções fazem. O engenheiro Sócrates é o primeiro-ministro que mais maldades fez ao estado social. O que mais reduziu os apoios, acabou com milhares de abonos de família. Vem agora o engenheiro Sócrates defender o estado social e depois aponta para mim que quero destruir o estado social. O senhor como é que consegue explicar como chegou aos 700 mil desempregados?
Sócrates - Tenho de dizer ao senhor doutor que quando era administrador de empresas não pensava assim. Tenho aqui um relatório de uma empresa onde trabalhava e onde 2010 dizia que em 2009 dizia que se estava em grande crise internacional, mas hoje diz que a culpa não foi da crise internacional. Passos Coelho, agora líder do partido, acha que a crise internacional não teve impacto.
Passos - Eu já sabia a sua técnica em querer fazer perguntas aos outros. Ainda bem porque eu quando mudo de opinião porque a realidade muda, assumo as minhas diferenças de opinião. A crise internacional teve efeitos.
Sócrates - Mas andámos bem em 2009...
Passos - Não, não andámos bem. O Governo não contraíu dívida pública como o devia ter feito. O chefe do FMI que cá esteve disse o mesmo que eu e o presidente do Banco de Portugal também disse o mesmo. Em resposta ao 'Sol' disse que não seria necessário reduzir salários e disse ainda que iria reduzir os salários da função pública. Estas mudanças de opinião afectaram muito mais os portugueses que o meu relatório na empresa onde trabalhava.
Sócrates - Lembre-se que a Europa mudou de estratégia. O senhor não tem razão. O senhor vai ter de discutir comigo o que pensa. O senhor propõe terminar com a tendência gratuita no Serviço Nacional de Saúde. Nós queremos melhorar a rede hospitalar e melhorar o SNS com melhor serviço e temos vindo a fazer esse serviço. Quando o senhor doutor propõe que deixe de haver tendência gratuita tem de explicar se os portugueses vão ter de pagar a sua saúde.
Passos - Ao ouvir o senhor engenheiro parece que o país está bem, que o senhor ministro das Finanças estava enganado, que o Estado afinal não precisa de empréstimos externos. Gostava que explicasse aos estudantes do Ensino Superior como é que eles chegaram à situação de não poder estudar.
Sócrates - Disse que eu menti...
Passos - Não me interrompa, se faz favor. O Estado não faz cobertura universal na saúde. O que o Estado faz é co-pagamento e é o que já existe. No programa eleitoral do PSD nós dizemos sobre saúde que é preciso abrir às policlínicas o seu médico de família. Quando anunciámos isto a ministra da Saúde e outros do Partido Socialista vieram dizer que o PSD queria acabar com o Serviço Nacional de Saúde, o que é falso. E a ministra mais tarde veio dizer aquilo que eu disse sobre as policlínicas e cooperativas de médicos.
Sócrates - Eu estou a falar dos pagamentos no SNS e o senhor disse que eu estava a mentir e espero que peça desculpa. O senhor escreveu no jornal 'i' e no seu livro que o texto constitucional deve ser alterado para que hajam co-pagamentos no SNS e trouxe aqui também duas entrevistas que o senhor deu para provar que não estou a mentir...
Passos - O senhor não gosta de falar dos 700 mil desempregados e de tudo o que o seu governo fez ao país.
Sócrates - Há um ponto ainda mais grave quando o senhor fala do acesso ao serviço universal porque o senhor quer acabar com o carácter geral do SNS e refiro-me aos seguros de saúde.
Passos - Nós acabámos de assistir à razão porque os portugueses querem mudar. O senhor depois de deixar uma herança de bancarrota, o senhor insiste em vir para este debate com questões menores em vez de discutir a sua responsabilidade que tem sobre o resultado da acção do seu governo. Porque é que não tem a coragem para assumir perante os portugueses a sua responsabilidade? Deixe-me dizer-lhe que a saúde não fica em perigo com a eleição de Pedro Passos Coelho. Fique sabendo que os portugueses comigo poderão deduzir as despesas na saúde. São pouquíssimos os países que estão com uma recessão como a nossa e as estatísticas dizem que o desemprego vai aumentar e o senhor vem discutir que eu quero acabar com a saúde gratuita...
Sócrates - Eu não recuso assumir as minhas responsabilidades. Houve uma crise internacional e nunca virei a cara às responsabilidades e espero que o senhor assuma as suas. O senhor é responsável pela crise política que criou e há um preço que estamos a pagar. Desde que o senhor chumbou o PEC os juros da dívida começaram a aumentar e a economia ficou numa situação muito difícil. Na principal medida que foi chamado a tomar o senhor só pensou no interesse particular. Talvez se engane. Nós temos de lutar por mais crescimento económico e no domínio do emprego dos jovens temos várias medidas.
Passos - E por que não criar mais 150 mil postos de trabalho... O engenheiro Sócrates criou uma fantasia. Veio dizer que os partidos estavam com pressa para ir para o governo. Eu não tenho nenhuma pressa. O que eu fiz foi ajudá-lo, mas você falhou no PEC 2, no PEC 3 e por aí adiante. O governo teve de pedir ajuda internacional porque o governo perdeu a credibilidade nos mercados internacionais. Desde Outubro do ano passado que o país tem sustentado taxas insustentáveis. O senhor disse que não precisava de ajuda do FMI e disse que garantia que não precisava da ajuda ao FMI e disse mais que não estava disponível para governar com o FMI. Agora elogia as medidas do FMI. O governo prefriu que os bancos estivessem a comprar dívida em vez de emprestar dinheiro aos portugueses. O senhor é que está agarrado ao poder e só se preocupou com a sua imagem.
Sócrates - O país não precisava da ajuda externa e quem provocou tudo foi a sua acção em criar uma crise política e obrigar o país a pedir ajuda externa. O senhor sugeriu várias vezes a ajuda externa. Não tem razão quando diz que os bancos compravam a dívida e não invente fantasmas. Nós temos de discutir as suas propostas para o mercado de trabalho porque propõe ir mais além, mais além aonde, o senhor propõe mais precariedade...
Passos - Isso não é verdade...
Sócrates - Nós fizemos um acordo que está na base do que foi feito com a troika, eu refiro-me ao ponto que o senhor quer liberalizar o trabalho precário...
Passos - Isto é falso e eu tenho de responder. O que propomos é um sistema dual. Quem está com contratos a prazo permanece, mas para mais à frente pretende-se flexibilizar para que os jovens tenham mais emprego e para que se acabe com os recibos verdes. Há trabalho precário que é sazonal e nesse caso não acha...
- grande confusão com o moderador e ninguém se entende -
Sócrates - Desculpe mas eu quero voltar ao assunto porque o trabalho temporário é o mais precário...
Passos - Mas isso é obra do seu governo...
Sócrates - O senhor quer combater o desemprego permitindo mais despedimentos. Todas as doutrinas caminharam para a protecção dos trabalhadores. O governo no acordo com a troika inseriu a baixa da Taxa Social Única mas o PSD não estudando resolveu anunciar quatro pontos percentuais e depois já falou em oito e depois era a cerveja e depois era o vinho...
Passos - Tenho que anotar que nem depois deste debates o senhor não anuncie o... desculpe agora tenha paciência mas tem de me ouvir... assinou um acordo para quê? O senhor continua a dizer que vai estudar o assunto e o senhor não tem uma ideia do que vai fazer e por isso é que prefere dizer antes das eleições que vai estudar. Várias pessoas estudaram e nós também que a primeira descida da TSU tem de ter um impacto significativo e por isso é que falámos em quatro pontos e depois se podermos ir mais longe. O senhor que não tem nada a dizer sobre esta matéria ao menos oiça o que têm os outros a dizer. A satisfação de hoje com o anúncio da despesa orçamental é uma grande preocupação para quem vier a governar. O senhor já não está a cumprir o que assinou com a União Europeia.
Sócrates - Reduzimos 45% do défice e o senhor diz mal...
Passos - O que dizemos é que estamos preocupados. A despesa baixou porque aumentou muito os impostos. Portugal já não está a cumprir as directrizes recentes do FMI.
Sócrates - No momento em que a despesa está a descer o senhor vem dizer que isto é uma má notícia, já chega de estar sempre a falar em bancarrota, sabe que isto não é bom para quem quer governar. A ideia que temos de economia de baixos salários é do passado. Eu acho que temos de reforçar o empenho científico...
Passos - Eu tenho mesmo de esclarecer isto quando o senhor diz que o líder do PSC é imaturo eu tenho de lhe dizer que não admito essas acusações. A verdade é que o senhor e o seu ministro das Finanças erraram nas contas e eu acertei. O senhor sabia que não ia cumprir que usou o Fundo da PT...
Sócrates - O senhor diz mal de tudo...
Passos - Quando eu disse que acabávamos o ano nos 9% acertei e o senhor não sabia. Os senhores disseram que eu não estava a ser patriota e afinal a troika disse o mesmo que eu.
Sócrates - A despesa teve uma nova metodologia e acresceu o BPN e o BPP.
Passos - Eu falo da realidade.
Sócrates - O senhor entretinha-se a divagar e a escrever cartas públicas a levantar insinuações sobre os departamentos públicos. O que eu acho é que deve ser convidado para formar governo o líder que ganhar.
Passos - Nós apostamos muito na transparência e não é só nas contas públicas, para não voltarmos a ser surpreendidos. Eu assumirei o lugar de primeiro-ministro se o PSD for o partido mais votado.
Sócrates - Sempre defendi uma liderança forte e o país o que rejeita é uma liderança aventureira. Pensamos cumprir os objectivos que estão acordados com a União Europeia e com o FMI. Confio nos portugueses.
Passos - O país precisa de um governo que seja capaz de melhorar a situação. A situação que vivemos é da responsabilidade do engenheiro Sócrates e é preciso saber se os portugueses querem mudar ou não para fazer diferente do que foi feito nestes seis anos.
* Este post é dedicado aos nossos leitores que são surdos. Abraço.
De tal gente, tal semente
> Esta noite, na TVI, Pedro Passos Coelho apareceu bem preparado e conseguiu fazer passar uma mensagem de seriedade e de realismo. O debate com Francisco Louçã, um dos melhores economistas portugueses, não era fácil, mas o líder do PSD rebateu todas as questões de Louçã tomando por base o programa eleitoral social-democrata, pois, de eleições se trata. Passos Coelho ainda marcou mais pontos ao saber explicar as incongruências do actual primeiro-ministro (um bom treino para sexta-feira) quando Louçã mais parecia um Sócrates a defender a "barracada" das Novas Oportunidades. O "novato" Passos Celho deu uma bofetada sem mão aos seus detractores porque ainda conseguiu debater com o radical Louçã com toda a cordialidade.
> Passos Coelho quer auditoria às Novas Oportunidades.
> Passos Coelho: "Casei com África" e "sou o mais africano de todos os candidatos".
> Debate na SIC entre Passos Coelho e Paulo Portas. Alguém convenceu Portas do absurdo. Que poderia ser primeiro-ministro. Nesse sentido, veio para a tv ficar ridículo na fotografia. Chegou ao ponto de afirmar que o seu CDS poderá conseguir 23,5% dos votos e o PSD 20%. Isto, é absurdo e ridículo. Já mudei de canal porque custa-me imenso ver Portas a ajudar à reeleição de José Sócrates.